Olá galera! Tranquilinhos? Mais uma vez venho falar da questão musical no Brasil. Há um tempo eu estou meio pensativo sobre a questão do louvor no Brasil, especificamente dos corais evangélicos Brasileiros. Eu quero acreditar que esse pensamento (que escreverei) seja exclusivo meu e que ninguém mais pense isso dos corais evangélicos Brasileiros (oxalá). O coro não é algo que surgiu ontem. Talvez seja uma das formas mais antigas de canto. No Egito, Grécia, Roma entre outros lugares. A principio cantado a capela e, logo depois foi acrescentado um instrumento que quase não existe mais nas igrejas cristãs, mas que já foi muito utilizado. Para alguns o mais belo som, para outros um som aterrorizante que lembra filmes de terror. Eu to falando do Órgão. Muito comum ainda nas igrejas tradicionais americanas. Falando em igreja americana, os corais por lá (pelo menos é o que parece) são grupos de canto de uma simples igreja local. Não preciso mencionar a qualidade vocal deles né? (deleta isso). Grande maioria de raiz afro, e ficam ali dentro da igreja no coral, tranquilo, cantam, adoram e sei lá mais o que. Aqui no Brasil tem acontecido algo que direi agora!
Hoje quase nenhum coral quer cantar em uma igreja local! Faz uma firulinha, um melisma"zinho"  e já tem que começar a fazer show. Oh my God! Ninguém é mais chamado para ficar numa igreja local trabalhando em prol do Reino de Deus, a chamada de todo mundo hoje é o palco. O que mais me parece no momento é que, os corais brasileiros tem mais feito apresentações que outra coisa. A cada dia que passa surgem mais corais, um melhor que o outro. A ideia aqui não é que, aquele que canta deve cantar feio, não seja ignorante. Quem canta, que faça um aula de canto mesmo e cante bem, não estou falando disso. Estou falando que a grande maioria dos cantores de corais gostam mesmo é de apresentar o que tem. Sem contar que entre os corais parece haver uma competição de quem canta mais. Começou a entender agora? Que bom. Ah, sem contar que quando alguém faz uma firulinha, os outros componentes faz aquele gesto de  quem tá ovacionando, ou aqueles gritinhos de UHUU!! ARRAZOU! 
Gabriel, mas a letrinha do coral me fez chorar! E eu com isso? A história dos dois filhos de Francisco também já me fez chorar, e nem cantam música gospel (risos). É possível eu cantar algo e ao mesmo tempo desfazer o que canto com minha postura. Eu canto sobre humildade e ao mesmo tempo em que canto posso demonstrar arrogância, isso pode acontecer normalmente quando existe uma simulação de espiritualidade. É necessário que voltemos mentalmente e respeitosamente ao passado, não por saudosismo, mas por respeito as raízes cristã. Precisamos aprender muita coisa lá atrás, pra não corrermos o risco de achar que inventamos a roda hoje.
Resumindo tudo aqui, qual o real propósito do coral hoje? Eu falo desses que ensaiam durante um ano e no ano seguinte gravam cd. Não estou me referindo aos congregacionais que se contentam em adorar a Deus sem visibilidade. Mas dos visíveis e grandes corais, que vivem nos concertos musicais quase que como um coral mundano qualquer, com comportamentos do tipo, UI SOU ESTRELINHA, to falando desses corais. Ainda mais com esse negócio de Festival disso e daquilo outro. Troféu não sei das quantas. São tantos eventos que estão ligados diretamente a competição entre os grupos. Melhor cantor, melhor composição, melhor clip, melhor isso e melhor aquilo. Quanto mais inventam no meio gospel, mais se adaptam. Conseguem adaptar tudo no meio evangélico, menos o que deveria com urgência. A única coisa que tá difícil de adaptação é a Bíblia, essa parece que é inadaptável. De que forma se comporta um coral num culto? Normalmente adoração é só quando eles cantam (risos). Muita firula pra pouca unção, muita roupa bonita pra pouca armadura espiritual. Sinceramente como diz a Bruna Karla:

EU SÓ QUERIA LEVANTAR 
AS MINHAS MÃOS E TE ADORAR 
DEIXAR A LÁGRIMA ROLAR
DEIXAR A LÁGRIMA ROLAR.

Nada mais do que isso.
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