O que é preciso para ser feliz? Quem pode nos responder essa pergunta?

Se as propagandas veiculadas na televisão, rádio, revistas, jornais e internet estiverem certas, então a felicidade consiste em possuir coisas. Ou seja, feliz é a pessoa que tem o celular, o computador, o tablet, as roupas, os perfumes, os sapatos, as joias, o carro e a casa anunciados pelas propagandas. Feliz é a pessoa que pode pagar por um cruzeiro marítimo em um navio de luxo, que consegue viajar para os lugares paradisíacos dos pacotes de viagens, ou frequentemente viaja à compras para Miami, ou que faz roteiros gastronômicos pela Europa.

O que é preciso para que tudo seja possível? Dinheiro. Então, se o dinheiro é o caminho para se obter a felicidade, significa que a felicidade pode ser comprada. Felicidade é um bem que está à venda nos shoppings, nas boutiques, na internet. Quem é feliz? Segundo o nosso mundo capitalista, feliz é a pessoa que consegue acumular bens ao longo de sua vida.

Vamos testar essa afirmação?

Você já ouviu o testemunho que a maioria das igrejas que estão na televisão veiculam sobre pessoas que eles consideram abençoadas por Deus? É mais ou menos assim: - Antes de vir para a igreja eu estava desempregado, com um monte de dívidas. Depois que eu conheci Jesus, minha vida mudou. Hoje eu sou abençoado. Tenho uma empresa, não tenho mais dívidas, comprei dois carros importados, três casas, viajo para a Europa com frequência e posso comprar tudo o que eu quiser.

Que estranha definição de felicidade e de bênção. Também é estranho a maneira de definir o significado da presença de Jesus na vida: “agora que tenho Jesus, eu posso comprar coisas...”. Que Jesus é esse? É o Jesus criado pelo mundo religioso que vive no universo do capitalismo. Jesus foi transformado em um meio para a felicidade, mas a felicidade que reside no consumo. A bênção de pertencer a Jesus Cristo se associou ao poder de consumo e ao acúmulo de bens materiais. E, o pior de tudo, as pessoas nem refletem sobre esse absurdo.

Vamos fazer uma breve comparação entre o conceito moderno de felicidade e aquele ensinado por Jesus.

Em primeiro lugar, Jesus não acumulou bens. Para sermos mais exatos, lembre-se das palavras dele: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça”.

Em segundo lugar, Jesus aconselhou seus discípulos acumularem tesouros no lugar certo, e certamente não era aqui na terra: “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam”.

Em terceiro lugar, ele deixou claro as nossas opções: ou servimos a Deus, ou servimos ao mundo do acúmulo de bens e da busca da felicidade através do consumo. Ele disse: “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”.

Em quarto lugar, Jesus nos ensinou que a verdadeira felicidade não pode ser comprada. A felicidade plena está em fazer o bem para o nosso próximo. Que inversão de valores! Quer ser feliz? Então faça o bem para os outros. Lembre-se de quando ele lavou os pés dos discípulos, e em seguida lhes disse: “vocês serão felizes se agirem como eu agi”.

Não deixe que a propaganda, o mercado, o consumo e o capitalismo ensinem para você, seus familiares e amigos, sobre o que é felicidade. Quer ser realmente feliz? Seja discípulo de Jesus de Nazaré.
Texto de  Emílio Matarazzo e Ev. Adriano Ferreira 

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